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Planejando um programa de Pilates Seguro e Eficaz
16/06/2021

Planejando um programa de Pilates Seguro e Eficaz

Ao elaborarmos um programa específico de Pilates para um cliente, devemos ter em conta alguns aspectos primordiais para a obtenção de resultados satisfatórios. Ao nos depararmos com nosso aluno, devemos considerar as necessidades individuais de cada um, com isso esse programa poderá ser seguro e eficaz, mesmo que para isso exija  a modificação de alguns exercícios e posicionamentos sem perder de vista a orientação principal do programa.

É essencial seguirmos um plano de programa de forma individualizada, mesmo que  esse aluno esteja em um grupo. Esses protocolos iniciais devem contemplar o aluno básico, intermediário ou avançado, podendo também ter um programa personalizado combinando todos os níveis de aprendizado do movimento.

Podemos iniciar nossa aula com um aquecimento, aquecendo o corpo como um todo antes mesmo de adotarmos exercícios para musculaturas especificas. Nossa avaliação irá conduzir ao tempo exato da necessidade de aquecer. Esse aquecimento pode englobar os exercícios de respiração, voltando primariamente para a musculatura mais profunda incorporando em seguida exercícios de sequenciamento da coluna  para obtenção de estabilidade de tronco, por exemplo.

Devemos, como instrutores, ter conhecimento do repertório de movimento do Método Pilates em todo seu âmbito. Conhecer o objetivo de cada exercício é de suma importância para que possamos fortalecer áreas particulares, corrigir problemas de alinhamento e de estabilidade, devemos também conhecer a respiração ideal para o movimento, com o objetivo de facilitar ou de dificultar o exercício, de acordo com a necessidade de cada praticante. Sabe-se em relação a respiração que geralmente a inspiração ocorre no momento do esforço e que a flexão de coluna é facilitada pela expiração e a extensão pela inspiração, mas isso pode ser modificado se soubermos com clareza o que nosso cliente busca, podendo assim organizar as preparações e progressões de cada exercício.

Para que nosso atendimento tenha resultado positivo, devemos ter um pensamento critico e estabelecer um ponto de partida, podendo modificar exercícios sem perder de vista o objetivo principal, com isso conseguiremos organizar os exercícios em uma série e em uma sequencia que proporciona ao corpo do praticante movimentos únicos de acordo com cada estimulo ofertado. Sabemos que os estágios do desenvolvimento das habilidades motoras progridem de acordo com três fases: cognitiva – onde há muitos erros de execução e há a necessidade do instrutor o tempo todo corrigir; a fase associativa onde o paciente pensa com menos tempo sobre os detalhes do movimento e eles parecem ser mais suaves e o estágio autônomo onde a aprendizagem é quase completa, a fluidez aparece constantemente e o instrutor conduz a aula apenas pelo comando verbal. Conhecer esses três estágios e qualificar eles para o nosso paciente facilitará a condução dele ao sucesso do movimento.

As progressões aparecem de acordo com esse aprendizado motor, e são feitas com ações voltadas a coluna em flexão, extensão, flexão lateral, rotação, inclinação com rotação, conectando músculos mobilizadores e estabilizadores, buscando força e flexibilidade muscular integrando o movimento e levando a solução especifica de determinado problema, portanto devemos ter em mente que devemos proporcionar a esse aluno os estímulos em todas as amplitudes e direções facilitando com isso uma abordagem ao corpo com um todo, baseado em sequencias únicas com o intuito de manter uma consistência no ritmo e fluidez, fazendo o cliente se sentir seguro tanto físico como mentalmente.

Definir as metas seguras será o principal expoente para gerenciar os indivíduos numa classe de Pilates. Tanto o instrutor como o aluno deve ter metas garantindo com isso uma satisfação e permitindo um estilo individualizado de aprendizagem de cada um dos nossos clientes.

Boa aula! 


Texto de Jacson Bonafé!


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